Em quimbundo chama-se maboke e é o fruto do maboqueiro, típico das regiões tropicais de África. Estes frutos crescem nas pontas da árvore em cachos, mas só depois de uma altura de muita chuva. São verdes ao princípio e quando ficam maduros tornam-se amarelos. Por dentro da casca dura, que tem de ser quebrada para chegar ao fruto, há uma pasta que se come, mas que tem muitas sementes castanhas.
O maboque é muito apreciado pelos animais e é também usado pela população rural em alturas em que há menos alimento disponível. Esta é uma fruta que começa a ser cada vez mais conhecida no mundo, fazendo parte do consumo normal dos angolanos, mas também no Brasil e em Moçambique.
Este fruto, pouco conhecido, tem potencial para melhorar a nutrição e estimular a estabilidade alimentar. As sementes não devem ser comidas, porque são venenosas e têm efeitos purgantes, provocam diarreias. Quando a fruta é seca, a casca sem sementes é usada para fazer o instrumento musical marimba.
Sabe-se pouco do valor nutricional do maboque, mas diz-se que é rico em vitamina C e vitaminas do complexo B. A sua acidez, como acontece com os limões, é derivada do ácido cítrico.
O maboqueiro é da família de uma planta chamada Strychnos nux-vomica, cuja casca e sementes dos frutos contêm estricnina. Por isso, quem não souber distinguir as frutas das duas árvores, e tendo dúvidas se se trata ou não da fruta maboque, não deve comer a casca nem as sementes por precaução.
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