“Excelente discussão sobre o impacto da pandemia bem como uma visão da economia real com a presença, entre outros, da banca e de 3 empresários, do qual destaco o José Moniz, empresário da saúde com o maior grupo de farmácias de Angola (MS) e de distribuição (Zinom).
Destacaram os maiores problemas actuais em que se juntaram 3 crises: económica / cambial / crédito, a petrolífera e a sanitária. Existirá recessão em 2020/21 pois diminuiu muito o poder de compra e aumentou o desemprego (mais de 30%). Ao nível das farmácias, os custos de contexto ainda aumentaram mais, nos transportes, nas regras sanitárias, mas também devido a inspeções excessivas que não acrescentam valor e nem são programadas. No entanto as farmácias continuaram a funcionar 24h por dia, não havendo desabastecimento de medicamentos e os preços não aumentaram; tudo pelas soluções encontradas dentro do grupo MS. Um grupo apenas composto por RH Angolano. E que tenta abastecer-se no mercado local de forma a reduzir a exposição ao risco cambial e dinamizar economia local. Há ainda o risco de falta de matérias primas no final do ano por dependência dos mercados asiáticos no sector do medicamento.
Soluções para o futuro: investimento na educação virada para as necessidades do mercado de trabalho; sistema bancário sólido mas que apoie as empresas; um estado como co-promotor do investimento e criação de emprego (através de PPPs por ex) e não apenas como fiscalizador sem regra e cobrador de impostos; incentivar a confiança numa economia transparente e rigorosa!
Fantástica visão deste empresário empreendedor José Moniz!”