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Obsessão

Trata-se de uma mania, um pensamento fixo recorrente, do qual a pessoa somente consegue se libertar com ajuda profissional.
Caracteriza-se pela presença de ideias, de imagens ou de impulsos recorrentes, não desejados, invasores que parecem sem sentido, estranhos, indecentes ou aterradores (obsessões) e, ao mesmo tempo, uma urgência ou uma compulsão para fazer algo que liberte da incomodidade causada pela obsessão. Pensamento de preocupação permanente de carácter penoso, que se impõe naturalmente ao espírito do indivíduo.
O doente reconhece que a doença é a sua fonte de angústia e, inclusive, que a sua dimensão é absurda.
Entre as obsessões mais frequentes estão as preocupações pela contaminação, pela dúvida, pela perda e pela agressividade. Caracteristicamente, as pessoas com uma perturbação obsessivo-compulsiva sentem-se impulsionadas a efectuar rituais (actos repetitivos, com um propósito, intencionais). Os rituais utilizados para controlar uma obsessão incluem lavar-se ou limpar-se para se libertar da contaminação, verificações repetitivas para suprimir as dúvidas, guardar as coisas para que não se percam e evitar as pessoas que pudessem ser objecto de agressão. De um modo geral, os rituais consistem na lavagem excessiva das mãos ou na verificação repetitiva para se assegurar de ter fechado a porta. Outros rituais são mentais, como o cálculo repetitivo ou fazer afirmações para diminuir o perigo. A obsessão compulsiva é diferente da personalidade obsessivo-compulsiva.
Em geral as pessoas com perturbações obsessivo-compulsivas estão conscientes de que as suas obsessões não reflectem riscos reais. Reconhecem que o seu comportamento físico e mental é excessivo ao ponto de chegar a ser insólito. Daí a diferença entre a obsessão compulsiva e as perturbações psicóticas, nas quais as pessoas perdem contacto com a realidade.
A obsessão compulsiva afecta com a mesma frequência nas mulheres e nos homens. Cerca de um terço das pessoas com uma obsessão compulsiva encontra-se em estado depressivo quando se diagnostica a perturbação. No conjunto, dois terços sofrem de depressão em algum momento.

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Fonte: @atlasdasaude.pt

2017-08-10T09:49:36+00:00Agosto 10, 2017|