A síndroma de Kawasaki é uma doença que afecta principalmente as crianças com menos de 5 anos e provoca erupção cutânea, febre, inflamação dos gânglios linfáticos e, por vezes, inflamação do coração e das articulações.
Desconhece-se a causa da síndroma de Kawasaki, mas alguns factos sugerem que pode ser provocada por um vírus ou por outro agente infeccioso. A síndroma de Kawasaki foi descrita pela primeira vez no Japão, nos finais dos anos 70. Desde então, milhares de casos têm sido diagnosticados em todo o mundo em diversos grupos étnicos, embora a síndroma continue a ser mais frequente no Japão.
Em geral as crianças com a síndroma de Kawasaki têm entre 2 e 5 anos, embora a síndroma também ocorra em adolescentes. Afecta aproximadamente o dobro de meninos em relação às meninas. O problema raramente afecta vários membros da mesma casa.
A doença começa com febre, que oscila muito, mas que normalmente ultrapassa os 39ºC. A criança fica irascível, muitas vezes sonolenta e de vez em quando tem dores abdominais. Um dia aparece um exantema vermelho, em forma de manchas, normalmente no tronco e à volta da zona da fralda. Ao longo de vários dias, o exantema afecta as membranas mucosas, como a camada interna da boca ou da vagina. A criança tem a garganta vermelha, os lábios vermelhos, secos e com fissuras e a língua vermelha como um morango. Ambos os olhos ficam vermelhos, mas não supuram. Também as palmas das mãos e as plantas dos pés adquirem uma cor vermelha ou púrpura e as mãos e os pés incham. A pele dos dedos das mãos e dos pés começa a soltar-se entre o 10º e o 20º dia posteriores ao início da doença. Muitas vezes os gânglios linfáticos do pescoço inflamam-se e tornam-se ligeiramente dolorosos.
A complicação mais grave da síndroma de Kawasaki é a afectação do coração. O problema cardíaco mais grave é o alargamento anormal (dilatação) das artérias coronárias. Embora uma dilatação ligeira das artérias possa não ser grave e no fim resolver-se, a dilatação intensa (aneurisma) pode provocar um ataque cardíaco e morte súbita.
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Fonte: @atlasdasaude.pt