Nome dado à perturbação anteriormente designada por doença maníaco-depressiva. Afecta cerca de 2 por cento da população e tem, habitualmente, início entre os 10 e os 40 anos. Trata-se de uma doença do foro psiquiátrico em que ocorrem variações acentuadas do humor, com crises leves, moderadas ou graves, de depressão que se intercalam com fases de mania. Ou seja, nesta perturbação os períodos de depressão (que se caracteriza pelo estado de tristeza e desespero) alternam com os de mania (que se revela pelo humor elevado, expansivo, eufórico ou irritável), sendo possível, contudo, que estes episódios ocorram durante a mesma crise – crises mistas.
Durante a fase de mania, o doente sente-se inicialmente sociável, conversador, mas depois pode ficar extremamente irritado, ter pensamentos e discurso acelerado, saltando de assunto em assunto. O doente bipolar na crise maníaca vive o aumento do amor-próprio, podendo mesmo considerar-se melhor do que os outros, para além de que reage de forma exacerbada, interpreta erroneamente os comentários alheios, gasta dinheiro de forma excessiva e envolve-se em muitas actividades. Deixa de sentir necessidade de dormir e, paralelamente, a sua libido aumenta, ao mesmo tempo que adopta um comportamento desinibido.
No campo oposto, a depressão fá-lo perder a auto-estima, ficar obcecado com pensamentos negativos, sentir-se inútil, desesperado e culpado, entre outros aspectos.
Não existe tratamento que resulte na cura, mas a doença pode ser controlada nomeadamente com a administração de fármacos que estabilizam o humor.
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Fonte: @atlasdasaude.pt