Apesar dos progressos a OMS responsabiliza a pneumonia pela morte de quase 1 milhão de crianças por ano no mundo.
Tal significa que muito terá ainda de ser feito para impedir um tão elevado índice de mortalidade de uma doença que pode ser evitada.
Segundo Mickey Chopra, chefe dos programas de saúde do Unicef, a pobreza constitui o principal factor de risco de propagação desta doença que pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos e também ser evitada através de vacinação ou de uma alimentação adequada.
De acordo com o responsável as crianças mais pobres são os alvos preferenciais desta doença que vai matar este ano 922 mil crianças com menos de cinco anos, ou seja, muito mais do que o somatório da diarreia, malária, meningite, tuberculose e VIH/Sida.
As zonas rurais registam o maior número de óbitos por pneumonia, facto a que não é alheio o gravoso índice de poluição dentro das próprias casas, onde coabitam combustíveis sólidos – como o carvão – utilizados no aquecimento e cozinha.
Chopra salienta que a vacinação contra a pneumonia, sobretudo nos países mais pobres, é a principal chave na luta contra a doença.
Ainda o uso do antibiótico amoxicilina, em comprimidos destinados a crianças, tem vindo a fazer toda a diferença no combate à doença.
Cuidados simples como a amamentação e lavar as mãos com sabão são também relembrados pela Agência da ONU, pelo papel essencial que desempenham na prevenção da doença.
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, entende que “combater a pneumonia é essencial para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e criar a base das operações para acabar com todas as mortes infantis que podem ser evitadas até 2030”.