A tendinite é a inflamação do tendão, uma estrutura fibrosa, como uma corda, que une o músculo ao osso. A inflamação se caracteriza pela presença de dor e inchaço do tendão e pode acontecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum no ombro, cotovelo, punho, joelho e tornozelo.
CAUSAS
O tendão não é tão forte quanto o osso e nem tão elástico quanto o músculo, portanto, no caso de sobrecarga, é a estrutura que, geralmente, mais sofre. As causas da tendinite costumam estar relacionadas, principalmente, a alguns fatores de risco.
FATORES DE RISCO
Os principais fatores de risco que podem desencadear a tendinite são:
- Falta de alongamento muscular.
- Postura inadequada: ombros anteriorizados diminuem o espaço destinado ao deslizamento dos tendões que movimentam o ombro, causando atrito e lesão dos mesmos.
- Movimentos repetitivos, principalmente no uso de computadores, “tablets” ou telémoveis: criando a fadiga dos tendões.
- Idade do paciente: com o passar dos anos a circulação sanguínea para o tendão fica deficiente.
- Stress: ocasionam contraturas musculares e fadiga prejudicando os tendões
- Atividades desportivas em excesso ou com técnica/ material inadequados
- Doenças auto-imunes: onde as células de defesa do nosso corpo reconhecem os tendões como inimigos por engano e começam a atacá-los.
SINTOMAS
A tendinite pode ser aguda (história de dor recente – até 45 dias) ou, se não cuidarmos, tornar-se um problema crónico. Os sintomas mais comuns são:
Presença de dor no local, que pode irradiar para toda musculatura ao redor, que acaba entrando em espasmo de proteção e fadiga com sensação de peso. Dor que piora com o movimento e pode acarretar diminuição da força e, em casos de longa duração, causar atrofia da musculatura. Em muitos casos nota-se inchaço local e a presença de calor e/ou vermelhidão.
DIAGNÓSTICO
A tendinite é geralmente diagnosticada por meio da história que o paciente conta ao médico e pelo exame físico. O médico irá procurar por sinais de dor e sensibilidade nos locais indicados pelo paciente. Existem testes físicos específicos para cada tipo de tendão.
Pode ser, no entanto, que o médico solicite algum exame de imagem que julgar apropriado para certificar-se do diagnóstico, avaliar o grau de inflamação e, também, para eliminar outras possíveis causas de dor.
TRATAMENTO
Medidas para aliviar a dor:
- Repouso do tendão afetado (tipoia para o ombro, tala para o punho, etc). O tempo de repouso deve ser determinado pelo médico – períodos de repouso prolongados podem acarretar aderências e atrofia muscular e são prejudiciais.
- Aplicação cuidadosa de gelo para diminuir a inflamação
- Eventuais medicamentos anti-inflamatórios prescritos pelo seu médico
- Acupuntura
- Fisioterapia para analgesia (ultra-som, laser, massagem miofacial, entre outras).
Medidas para evitar que a dor volte:
- Correções da postura e melhoria da ergonomia no trabalho
- Alongamento dos músculos envolvidos
- Fortalecimento muscular
- Respeitar o aviso da dor
- Mudanças de hábitos – adotar pausas durante o trabalho.
Em alguns casos selecionados, quando o tratamento conservador falhar, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico; seja para descomprimir um tendão apertado, liberar aderências e limpar inflamações ao redor do tendão, como ressecar a fibrose ou calcificações dentro do tendão ou ter que costurá-lo para corrigir uma lesão.
PREVENÇÃO
As principais medidas capazes de prevenir tendinite consistem em evitar movimentos repetitivos e procurar fazer alongamentos sempre antes e depois de exercícios físicos.