O responsável pela secção da dermatologia do hospital local assegura ter havido um aumento de ocorrências em relação ao ano passado.
Segundo Miguel Zavua a falta da especialidade de dermatologia ao nível local faz com que os doentes de comunas e aldeias sejam transferidos para o município do Uíge.
As regiões do Songo, Negage e Samza Pombo registam o maior número de casos de alergias, micoses e dermatites.
Miguel Zavua apelou às populações para que se dirijam às unidades sanitárias locais a fim de evitar a proliferação das doenças.
Por outro lado no Hospital Provincial do Uíge a unidade de dermatologia conta com apenas um médico de origem cubana e três técnicos, de segunda a sexta-feira, recursos claramente insuficientes para assegurar o bem funcionamento do serviço.
Recorde-se que em Angola as doenças da pele constituem um imenso desafio, quer ao nível da Medicina hospitalar quer no domínio da saúde pública. Afectam todas as idades, sendo grande parte de origem infecciosa e fortemente ligadas a condições miseráveis de saneamento, higiene e habitação.
Algumas doenças dermatológicas são ainda de origem climática e ecológica, sendo que as crenças e práticas tradicionais tendem bloquear a efetiva implementação das medidas preventivas e curativas promovidas pelas instituições de saúde pública.