HIV: Causas, Sintomas e Prevenção

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana (human immunodeficiency virus), que é o causador da SIDA. O HIV é uma infecção sexualmente transmissível, que também pode ser contraída pelo contato com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez.

HIV não é a mesma coisa que sida. A SIDA é uma doença crônica e que pode ser potencialmente fatal. Ela acontece quando a pessoa infectada pelo HIV vai tendo o seu sistema imunológico danificado pelo vírus, interferindo na habilidade do organismo de lutar contra os invasores que causam a doença, além de deixar a pessoa suscetível a infecções oportunistas.

Não há cura para a infecção pelo vírus HIV, mas há remédios que podem reduzir drasticamente a progressão da doença. Essas drogas reduziram o número de mortes em decorrência da infecção em grande parte do planeta, mas não é um tratamento simples e a pessoa infectada necessita de diversos cuidados em todas as áreas da sua saúde.

Todas as pessoas estão sujeitas à infecção pelo HIV, não importa o género, idade ou comportamento sexual. É preciso apenas que tenham contato com uma das formas de transmissão do vírus.

 

 

CAUSAS

O HIV é transmitido principalmente por relações sexuais desprotegidas, isto é, sem o uso do preservativo, e compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas com sangue, o que é frequente entre usuários de drogas ilícitas – que também podem contrair mais doenças, como hepatites. Outras vias de transmissão são por transfusão de sangue, porém é muito raro, uma vez que a triagem do banco de sangue é eficiente, e a vertical, que é a transmissão do vírus da mãe para o filho na gestação, amamentação e principalmente no momento do parto, o que pode ser prevenido com o tratamento adequado da gestante e do recém-nascido.

É importante ressaltar que é possível contrair o HIV seja por sexo desprotegido vaginal, anal ou oral, quando o parceiro está infectado e seu sangue, sémen ou secreção vaginal entram no corpo da pessoa que não vive com o vírus.

 

FACTORES DE RISCO

Todos estão sujeitos a contrair o vírus HIV, uma vez que a doença não escolhe cor de pele, idade, género ou preferências sexuais, contudo, há alguns comportamentos de risco para a infecção por HIV:

  • Relação sexual (vaginal, anal ou oral) com pessoa infectada sem o uso de preservativos
  • Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis
  • Reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluídos contaminados pelo HIV

Mulheres HIV-positivas que queiram engravidar também precisam tomar as providências, sob orientação médica, para não transmitir o vírus para os seus filhos durante a gestação, parto ou amamentação.

 

SINTOMAS

A maior parte das pessoas infectadas pelo vírus HIV desenvolvem, cerca de um ou dois meses após a exposição, alguns sintomas parecidos com os de uma constipação. Esta fase, conhecida como primária ou aguda pode durar algumas semanas e é bastante perigosa, pois a infecção pode passar despercebida e a carga viral (quantidade de vírus no sangue) neste momento é bastante alta, fazendo com que o vírus se espalhe mais facilmente. Depois deste período os sintomas podem desaparecer espontaneamente por vários anos antes do HIV ser diagnosticado. Entre os sintomas que podem surgir quando a pessoa foi infectada pelo HIV estão:

  • Febre
  • Mal-estar
  • Manchas vermelhas pelo corpo
  • Dores de cabeça
  • Dor nos músculos
  • Erupção cutânea
  • Calafrio
  • Dor de garganta
  • Úlceras orais ou úlceras genitais
  • Dor nas articulações
  • Diarreia
  • Tosse

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do HIV normalmente é realizado através de testes que detectam o vírus na saliva ou no sangue. Eles podem ser realizados a partir de 30 dias após a exposição, isso porque os exames procuram por anticorpos contra o HIV no sangue para detectar a infecção.

Os testes rápidos, que detectam o vírus na saliva ou no sangue, ficam prontos em até 30 minutos. Eles são menos precisos que os testes tradicionais, mas são utilizados para triagem.

O teste ELISA de quarta geração para HIV é o mais confiável, pois detecta os anticorpos para HIV e o antígeno p24. Uma vez este teste sendo positivo, confirma-se com outro chamado Wester-blot, este teste é mais especifico e é considerado confirmatório. Ambos levam em média de dois a três dias para ficarem prontos.

 

TRATAMENTO

Atualmente há tendência de tratar todos os pacientes com HIV, com o objetivo de reduzir a transmissão e melhorar a evolução clínica das pessoas portadoras. Há várias medicações disponíveis e o tratamento é sempre combinado com pelo menos três medicamentos.

O importante é que uma vez iniciado o tratamento, o paciente deve estar ciente de que ele não deve ser interrompido sem motivo e que as medicações devem ser tomadas todos os dias e nos intervalos prescritos. Quando utilizado de maneira irregular, o tratamento pode falhar por surgimento de vírus resistentes.

Os medicamentos agem em diferentes partes do ciclo de multiplicação do HIV dentro do organismo, evitando a formação de novos vírus e a destruição das células de defesa. Cada classe de medicação age em uma fase desse ciclo e para que o tratamento seja mais eficaz, são utilizadas combinações de diferentes classes. É importante lembrar que ainda não há uma medicação que consiga destruir todos os vírus existentes no paciente e que alguns permanecem “escondidos” e podem voltar a se multiplicar se parar de tomar a medicação.

 

 

PREVENÇÃO

Para se prevenir contra o HIV, o mais importante é não se colocar em situação de risco para a infecção pelo vírus, ou seja:

  • Faça sexo (vaginal, anal ou oral) sempre com proteção
  • Não compartilhe agulhas e seringas
  • Não reutilize objetos perfurocortantes no geral
  • No caso de violência sexual, comunique às autoridades o quanto antes e vá a um hospital, de preferência especializado, para que eles possam administrar os remédios de profilaxia de infecção pelo HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis.
  • Se você descobriu que tem o vírus, comunique ao seu parceiro ou pessoas com as quais teve relações sexuais. Ele precisará fazer os testes, pois um diagnóstico precoce faz com que o tratamento seja muito mais efetivo. Além disso, eles precisam saber se estão com o vírus para que não acabem por infectar outras pessoas.
2018-03-20T14:14:07+00:00Abril 11, 2018|Doenças, Doenças Sexualmente Transmissíveis|