Em 2002 terminou a guerra civil em Angola, uma situação de conflito que levou a que muitos animais abandonassem os seus habitats procurando refúgio e segurança nos países vizinhos. Os elefantes que estão a regressar ao seu habitat natural e original estão a chegar das Repúblicas da Zâmbia e da Namíbia.
Angola faz parte do projecto KAZA, juntamente com os países vizinhos Botsuana, Zâmbia, Namíbia e Zimbabué, para a criação da maior área transfronteiriça de conservação animal do mundo. Estes países estão a organizar os seus parques nacionais nas zonas de fronteira. Elefantes e rinocerontes são impiedosamente perseguidos e caçados devido ao marfim e aos chifres, levando a quedas aterradoras nas populações destes magníficos animais.
Júlio Vidigal, administrador do Rivungo, já disse que foi reforçado o número de fiscais no parque, para impedir o abate de elefantes por caçadores furtivos. Esta medida estará a dar bons resultados, evitando a morte dos paquidermes.
O administrador referiu à Angop que nos últimos tempos os elefantes têm circulado pelas ruas da vila da Jamba, durante a manhã, convivendo pacificamente com os habitantes.
O governo da província do Cuando Cubango, no Sul de Angola, tem estado a sobrevoar o município de Rivungo para contabilizar o número de elefantes naquela zona, um número que aumentou nos últimos anos. Júlio Vidigal informou sobre a forma “assustadora” como os elefantes estão a povoar novamente o Parque do Luiana.