Celebra-se hoje dia 4 de Fevereiro o dia mundial da luta contra o Cancro. Não é por certo uma data festiva, mas existe para nos relembrar o drama, a dor e o sofrimento que esta doença acarreta a todos os que dela padecem, mas também o impacto que ela causa sobre as suas famílias e entes queridos.
Esta data celebra-se desde 4 de fevereiro de 2000, e destina-se a salvar vidas humanas, através da sensibilização e da educação das mesmas. Chamamos a atenção para alguns factos:
- O cancro é uma das principais causas de morte no mundo. Morrem cerca de 8 milhões de pessoas vítimas de cancro todos os anos, o que totaliza mais de 84 milhões de mortes entre 2005 e 2015.
- O cancro causa mais morte do que a VIH/SIDA, tuberculose e malária juntos. Mais de 55% das mortes ocorreram em regiões menos desenvolvidas. Estima-se que nos próximos 20/40 anos o número de casos venha a duplicar.
- De acordo com a OMS, 40% de todos os cancros podem ser prevenidos e outros podem ser detetados numa fase precoce do seu desenvolvimento, tratados e curados. Daí a importância das populações aderirem aos rastreios do cancro, o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Isto é muito importante quando se fala do cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro colorreta.
- Estima-se que o número de casos de cancro e mortes relacionadas a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20 a 40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento.
Em Angola o câncer da mama continua a ser o tipo de cancro mais frequente segundo o Instituto Angolano de Controlo do Cancro, levando à morte de milhares de pessoas no país, sobretudo em mulheres. O diagnóstico precoce e os rastreios mamários têm ajudado a reduzir o número de óbitos, sendo importante chamar a atenção para a necessidade de, especialmente as mulheres, se sujeitarem a exames periódicos.
Por ordem de ocorrências surge a seguir o cancro do colo do útero e o da próstata. Apesar de os números serem inferiores ao cancro da mama o cancro do útero provoca mais vítimas, talvez devido a um desleixo maior em relação aos exames de diagnóstico.
Segundo números do Centro Nacional de Oncologia entre 2007 e 2011 a incidência de cancro distribuiu-se por: 20,5% – cancro da mama, 16,5% – cancro do colo do útero, 4% – cancro da próstata. A distribuição por sexo aponta para 64% de mulheres e 36% de homens.