LUANDA – No Dia Internacional de Combate às Doenças por Deficiência de Iodo Cidalina Costa, directora Nacional de Produção e Iodização do Sal, alertou para esta importante temática num seminário dirigido a estudantes, no Cazenga. Referiu a necessidade de informar e formar crianças e jovens sobre a necessidade do iodo no consumo humano e animal, a fim de evitar “situações preocupantes”.
A carência de iodo é causa de inúmeras doenças, facto desconhecido por uma larga franja da população angolana. Bócio, retardamento mental, surdo-mudez, anomalias congênitas, aborto espontâneo e ainda cansaço, insónia, depressão, aumento de peso e de colesterol são apenas algumas delas.
O consumo do sal iodizado reduz a incidência destas e de outras patologias igualmente frequentes e graves.
Cidalina Costa lembrou ainda que existe um sistema de fiscalização do sal de produção local e importado, sendo aplicadas sanções diversas em caso de incumprimento. Referiu também o enorme potencial do país para a produção de sal – devido às condições geográficas e clima favoráveis – salientando os investimentos feitos pelo Governo na ampliação e reabilitação das salinas nas províncias de Benguela e do Namibe.
O Iodo é um micronutriente fundamental na síntese das hormonas da tiroide.
Estas têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia (metabolismo basal, principalmente na manutenção do calor do corpo). São essenciais para o funcionamento de órgãos como o coração, fígado, rins, ovários, entre outros.
Recorde-se que a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano é obrigatória desde a década de 50. Por essa altura aproximadamente 20% da população apresentava Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI). Com o objetivo de diminuir essas altas prevalências adotou-se a iodação universal do sal.