Cientistas provaram que os gestos de carinho e protecção da mãe são determinantes no comportamento da criança ao longo do seu período de desenvolvimento. O afecto dos pais na primeira infância provou mesmo ser o grande responsável por reações cerebrais que, muitas vezes, só se manifestam na vida adulta. Receber ou não carinho pode mesmo modificar para sempre a maneira como o cérebro vai reagir perante situações de stress e frustração.
Experiências com animais que revelaram que os filhotes que não foram lambidos pelas mães (em sinal de afecto) sofreram mudanças no cérebro e, mais tarde, quando tiveram as suas próprias crias também não as lamberam.
Nos filhotes que não foram lambidos o número de células do hipocampo (área do cérebro envolvida na aprendizagem, memória e resposta ao stress) revelou-se reduzido, em comparação com aqueles que receberam lambidelas da mãe.
O carinho maternal é de importância vital para o cérebro do bebé sobretudo no primeiro ano de vida, uma vez que as sinapses se formam até os 5 anos.
Na presença de afecto, os níveis de serotonina da criança sobem, reforçando as conexões sinápticas. Inversamente, quando exposta a situações negativas, os níveis de cortisol – a hormona do stress – sobem, diminuindo a formação de sinapses.
Por tudo isto e muito mais abrace o seu filho, ajude-o a aprender e acalmar-se. Passar pelo menos 15 a 20 minutos diários com ele realizando em conjunto tarefas divertidas fortalece o vínculo afectivo e a relação entre ambos.