Cárie Dentária: Causas, Sintomas e Prevenção

A cárie dentária é uma doença muito comum, a sua frequência é tão elevada que foi considerada pela Organização Mundial da Saúde como um grave problema de Saúde Pública que afecta pessoas de todas as idades, independentemente da raça, sexo ou condição social.

Na realidade, não existem pessoas imunes à doença e a cárie dentária pode atingir qualquer indivíduo em qualquer fase da sua vida.

Para lá do desconforto que provoca, a cárie afecta a saúde geral do indivíduo ao dificultar a mastigação, alterar o desenvolvimento do organismo, alterar a estética facial, provocar perturbações da fala e originar complicações infecciosas.

 

CAUSAS

É provocada pela acção de algumas bactérias que podem causar a destruição parcial ou total do dente. Os estudos disponíveis sugerem que as dietas ricas em açúcar podem ser uma das causas desta doença tão comum.

Quando os alimentos que contêm hidratos de carbono, como os doces, bolos, chocolates, gomas, etc., são ingeridos, as bactérias vão decompô-los formando ácidos que dissolvem o conteúdo mineral dos dentes, assim causando a cárie. Esse efeito é mais evidente quando os alimentos são ingeridos muito frequentemente fora das refeições ou à noite antes de deitar.

 

SINTOMAS

O processo de cárie é geralmente lento e o início é marcado pelo aparecimento de uma mancha branca na superfície do esmalte que progride formando uma pequena cavidade. Através desta, as bactérias rapidamente atingem a dentina (menos dura que o esmalte) que é facilmente dissolvida pelos ácidos produzidos pelas bactérias.

Durante as fases iniciais da doença (cavidades pequenas) não são detectados sintomas significativos.

Nas fases mais avançadas (cavidades mais profundas) surge desconforto com aumento de sensibilidade e mau hálito ou dor na presença de diferentes tipos de estímulos (quente, frio ou doce) ou mesmo o aparecimento de uma dor espontânea muito intensa, que significa que a cárie atingiu a dentina, originando sintomas cada vez piores à medida que vai ficando mais profunda.

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é simples e resulta da observação directa dos dentes. Na fase inicial é difícil detectar a cárie e, por isso, uma visita regular ao médico dentista é essencial.

Os sinais que devem fazer suspeitar da presença de cárie são alterações de cor, manchas brancas, amareladas, acastanhadas ou pretas na parte superior dos dentes (sulcos e fissuras). As cáries situadas entre os dentes são ainda mais difíceis de identificar e podem ser detectadas ao passar o fio dentário, que fica preso ou se rompe na sua presença. Por vezes, pode ser necessário realizar uma radiografia.

 

TRATAMENTO

Existem diversas opções possíveis, como os preenchimentos, as coroas ou os tratamentos de canal. O médico dentista, em função do estado do doente, definirá a melhor estratégia para cada caso.

 

PREVENÇÃO

Efectuar uma higiene oral diária correcta, como escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia com uma pasta rica em flúor após as refeições. A escovagem nocturna é a mais importante e é importante não ingerir mais alimentos após a escovagem, porque durante a noite a secreção salivar diminui e, portanto, diminuem as defesas contra restos alimentares e bactérias.

Deve-se usar o fio dentário entre os dentes pelo menos uma vez por dia, de preferência à noite; manter uma dieta equilibrada e evitar “petiscar” entre refeições; sempre que não for possível a escovagem após uma refeição principal, mascar uma pastilha elástica sem açúcar, mesmo sabendo que esta prática nunca substitui a escovagem.

É também muito importante manter o hábito de uma consulta regular com o médico dentista, que poderá recomendar, sempre que necessário, a utilização de um suplemento de flúor ou a realização do selamento de fissuras. O ritmo ideal será de uma consulta de seis em seis meses.

2019-07-31T18:43:48+00:00Agosto 14, 2019|Doenças, Outras Doenças|