Em declarações à imprensa o ministro da saúde, José Van-Dúnem, avançou hoje que a iniciativa terá início em Viana, por ser o epicentro da doença, estendendo-se posteriormente aos demais municípios e distritos de Luanda.
Van-Dúnem já alertou para o facto de não existirem vacinas suficientes para fazer face a uma possível epidemia, pelo que o ministro já pediu ajuda à OMS.
Por seu lado, o governador de Luanda, Higino Carneiro, declarou terem sido notificados até ao momento 99 casos da doença. Na última semana, e em relação à semana anterior, ocorreu um aumento de 15 para 38 casos, os quais resultaram em 10 óbitos, dos quais Viana assume 13 novos casos e quatro óbitos.
A Febre Amarela é uma doença hemorrágica viral de elevada mortalidade transmitida, tal como o Dengue, pela picada do mosquito Aedes infectado.
Síndrome febril, cefaleias, dores musculares, icterícia (olhos amarelos), náuseas e vómitos e hemorragia são alguns dos sintomas mais comuns a ela associados.
A campanha de combate a este grave problema de saúde pública contempla a distribuição de mini doses de Bactivec (desinfectante para água), fumigação dentro e fora de casa, bem como a vacinação, principalmente de crianças.
O Governo de Luanda e o Ministério da Saúde insistem na necessidade de a população tomar medidas de prevenção básicas como o combate ao lixo (destruição de larvas e mosquitos), a protecção contra a picada de mosquitos, e ainda o simples tapar dos recipientes de água.
Recorde-se que vacina da febre amarela foi introduzida no calendário vacinal em 1980. O surto actual da doença data de 20 de Dezembro de 2015, tendo os surtos anteriores ocorrido entre 1971 e 1986.