Ao longo de 25 anos, dos 129 países monitorados pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) – que tinham por objetivo reduzir para metade o número de famintos – Angola ficou em 1º lugar em África no cumprimento dos Objectivos do Milénio (ODM) na luta contra a fome.
Em 25 anos Angola passou de uma situação em que quase 64 por cento da população passava fome para 14 por cento nos dias actuais. Mesmo assim este valor ainda equivale a 3,2 milhões de angolanos subnutridos.
De acordo com dados do último relatório da Organização das Nações Unidas sobre ‘O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo’ mais de uma em cada quatro pessoas passa fome em 20 países em todo o mundo. Na África subsaariana, calcula-se que menos de uma em cada quatro pessoas, ou seja, 23,2 % da população, está subalimentada. Este número equivale a aproximadamente 220 milhões de pessoas famintas na actualidade.
Também Moçambique logrou sair do mapa da fome, com uma redução de 56 para 25 por cento de famintos. Ainda assim quase 7 milhões de moçambicanos continuam a sofrer de fome.
O referido relatório aponta as melhorias verificadas na agricultura, o crescimento económico, aliado a condições políticas estáveis e a protecção social como principais factores para a queda do número de famintos no planeta.
O objectivo proposto agora pelas Nações Unidas é atingir a Fome Zero, erradicando o problema de uma vez por todos do planeta.
Afonso Pedro Canga, Ministro da Agricultura, entende que os progressos conseguidos até aqui são o caminho para chegar mais longe. A aposta na agricultura, na diversificação da economia, num clima de estabilidade e paz social continuarão a fazer de Angola a grande nação que é.