A Inspecção Geral da Saúde de Angola lançou um alerta à população acerca do “lote nº 2265”, falsificado, da vacina “Amaril”.
A febre amarela é uma doença transmitida ao homem pela picada do mosquito “Aedes Aegypti” infectado, constituindo um importante problema de saúde pública.
De acordo com dados das autoridades de saúde de Luanda o mais recente surto desta doença em Angola, que data de Dezembro de 2015, já causou até ao presente 99 mortos, de um total de 461 casos suspeitos notificados.
Entretanto tem início hoje, em Viana – epicentro do susto – uma campanha cujo objetivo consiste em vacinar até um milhão e meio de crianças acima dos 6 meses e grávidas.
Além da vacinação a campanha tem ainda previstas ações de sensibilização das populações visando o reforço das medidas de prevenção contra a doença, com particular foco na problema das águas paradas e na proteção contra a picada de mosquitos. Complementarmente serão distribuídos desinfetantes para água à população e realizadas ações de desinfestação de casas.
Esta campanha será posteriormente alargada a outros municípios de Luanda.
Recorde-se que o plano de combate à epidemia de febre amarela em Luanda conta com um orçamento provisório de 2.021.525.795 kwanzas (11,9 milhões de euros).
Por seu lado o ministro da Saúde de Angola, José Van-Dúnem, já reconheceu que o país tem disponíveis quantidades de vacinas para o programa de rotina de vacinação contra a febre amarela, mas não para responder a uma epidemia.
Três especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) estão a apoiar as autoridades de saúde de Luanda na avaliação das quantidades necessárias de vacina para combater o atual surto de febre amarela.