O que é a sífilis?
A Sífilis é uma infeção sexualmente transmissível, causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum.
Como se transmite?
A bactéria que provoca a sífilis é muito frágil, e a infeção transmite-se quase sempre por contacto sexual com uma pessoa infetada. A bactéria espalha-se a partir de úlcera (“ferida”) da pessoa infetada, para a pele ou mucosas da área genital, boca ou ânus da pessoa não infetada. Assim a transmissão da bactéria ocorre durante o sexo vaginal, anal ou oral. Além disso, uma mulher grávida pode transmitir a doença ao filho e este pode nascer com problemas de saúde graves devido a esta infeção. A sífilis não se transmite por contacto com toalhas, roupas, talheres ou nas piscinas.
Quais são os sintomas?
No início, aparece uma úlcera no local da infeção. A bactéria, no entanto, espalha-se pelo organismo, atingindo vários órgãos ao longo do tempo. A evolução da doença divide-se em quatro fases: primária, secundária, latente e tardia. Uma pessoa infetada que não foi tratada, pode transmitir a doença a outras pessoas durante as duas primeiras fases, que duram geralmente 1 a 2 anos. Nas fases tardias (mais de 2 anos de duração), a sífilis embora não seja contagiosa, pode causar problemas de saúde graves, como cardíacos ou mentais.
Sífilis primária: o primeiro sintoma é uma úlcera que pode surgir dentro de 10 dias a 3 meses após o contacto com a pessoa infetada. Esta úlcera não é dolorosa e pode aparecer dentro do corpo, pelo que a pessoa pode não reparar que ficou infetada. Esta úlcera localiza-se no pénis, na vulva, na vagina, no ânus ou nos lábios ou língua. A úlcera cicatriza em semanas, mesmo que a pessoa não se trate.
Sífilis secundária:-3 a 6 semanas depois da úlcera surgem lesões na pele, estas podem localizar-se em todos o corpo ou só em algumas partes, mas surgem quase sempre nas palmas e plantas. Além destas lesões, as pessoas infetadas podem queixar-se de febre, fadiga, queda de cabelo, rouquidão e gânglios aumentados. Estes sintomas duram umas semanas e depois desaparecem mesmo sem tratamento.
Sífilis latente: nesta fase, a pessoa não tem sintomas e a sífilis já não é contagiosa.
Sífilis tardia: aproximadamente 1/3 das pessoas que têm sífilis secundária e não se tratam podem desenvolver as complicações da sífilis tardia: nesta fase a doença pode atingir o coração, os olhos, o sistema nervoso…
Como se diagnostica a sífilis?
As pessoas com atividade sexual devem consultar o médico se tiverem lesões cutâneas ou úlceras na área genital.
Há três métodos para o médico diagnosticar a sífilis que habitualmente se utilizam em conjunto:
1. Reconhecer os sinais e sintomas
2. Exames laboratoriais (análises de sangue)
3. Identificação da bactéria ao microscópio
Como se trata?
A sífilis é fácil de curar nas fases iniciais. Uma só injeção de penicilina cura a sífilis com menos de dois anos de duração. Nas fases mais tardias são necessárias mais doses de penicilina injetável.
As pessoas que são tratadas para a sífilis devem abster-se de relações sexuais enquanto as lesões cutâneas cicatrizam.
As pessoas com sífilis devem informar os parceiros sexuais para que estes possam fazer análises e receber tratamento adequado.
Qual a relação entre a sífilis e o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH)?
As “feridas” causadas pela sífilis tornam mais fácil a transmissão e a infeção pelo VIH. Pensa-se que as pessoas com sífilis têm 2 a 5 vezes mais hipóteses de se infetarem com o VIH.
Como se pode prevenir a sífilis?
O uso de preservativo de forma correta e consistente diminui o risco de infeção.
O aparecimento de corrimento, úlceras ou gânglios na área genital deve ser um sinal para evitar contactos sexuais e contactar o médico. Todas as mulheres grávidas devem fazer análises para diagnosticar e se necessário tratar a sífilis, e assim evitar a doença no bebé.
Nota: As informações e conselhos disponibilizados no site Farmácias MonizSilva não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico. Encontre as nossas farmácias aqui.
Fonte: @atlasdasaude.pt