Angola: Dadores de Sangue

O Instituto Nacional de Sangue contínua a registar um défice e dificuldade em manter o stock nos hospitais de Luanda, resultante do número reduzido de dadores.

A propósito do Dia Mundial do Dador de Sangue, Eunice Manico, chefe do Departamento da Promoção da Dádiva Benévola de Sangue explicou que as constantes rupturas de sangue devem-se ao reduzido número de dadores no país, pelo que apelou  às organizações juvenis partidárias, religiosas e a população, em geral, a aderir as campanhas de doação de sangue.

Eunice Manico apontou que os hospitais do país têm necessidade de dispor de sangue e de produtos do sangue seguros para salvar vidas humanas, adiantando que muitos dos doentes que necessitam de transfusão não têm acesso atempado ao sangue e que, por esta razão, acabam por falecer.

Segundo Eunice Manico e a Instituição Nacional de Sangue vão continuar a trabalhar para minimizar esta problema, bem como sensibilizar a população para que haja mais dadores voluntários e menos reposição de sangue cedido pelos familiares. De acordo com a também médica, as epidemias que o país está a viver acresceu ainda mais a necessidade de aquisição de sangue, por isso, deve-se ter em conta para que haja segurança transfusional.

O Instituto tem apenas uma doação aproximada de 30 porcento, longe daquilo que são as necessidades do país, quando devia ser de 100 porcento de doação voluntária.
Eunice Manico salientou que o instituto está a usar outra estratégia que é ir ao encontro de empresas, igrejas e universidades. Segundo a responsável, disponibilizar sangue em quantidade suficiente e com qualidade segura continua a ser um desafio para o Instituto Nacional de Sangue e para os serviços de hemoterapia.

Fez saber que, por dia, a instituição chega a receber apenas 5 a 10 dadores, esclarecendo que numa doação é retirado aproximadamente 400 mililitros de sangue.
Esta iniciativa, frisou, demonstra o sentimento de partilha do sofrimento dos doentes carentes de sangue e trata-se de um gesto voluntário e solidário que vai contribuir na disponibilidade de sangue para os serviços de hemoterapia.

Eunice Manico pediu que a sociedade angolana se solidarize e recorra ao banco de sangue, para ajudar e salvar vidas, principalmente, de crianças que sofrem com anemia severa.

 

2016-06-21T00:00:00+00:00Junho 21, 2016|Notícias|